O senador Luís Carlos Heinze (PP), que esteve presente na abertura da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, disse que torce para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos de 8 de janeiro ainda no mês de março. Isso porque, como divulgou o parlamentar em redes sociais, no dia 27 o grupo contabilizou o número de assinaturas necessárias para que as investigações comecem.
“A promessa é que fiquem 120 ou 130 presos, mas nós queremos que todas essas pessoas respondam em liberdade e, principalmente, retirem as tornozeleiras eletrônicas”, relatou Heinze, que visitou os presos no Distrito Federal e definiu a situação como “estarrecedora”, em declarações ao Correio do Povo.
O líder do Progressistas também contestou o envolvimento do atual governo. De acordo com ele, o governo federal sabia da ocorrência dos atos dois dias antes: “Uma hora antes já tinha gente lá dentro depredando. Seguramente, não eram os patriotas, tem alguém infiltrado no processo e isso tudo será esclarecido”, disse.
Um grupo de senadores opositores ao governo Lula se reuniu, na última quinta-feira, com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, para tratar da situação dos presos dos atos do dia 8 de janeiro, quando foram depredados os prédios do STF, do Congresso e Planalto. As queixas apresentadas pelos senadores eram relativas à qualidade dos serviços de alimentação e saúde oferecidos e à alta ocupação das instalações penitenciárias, além de pedirem maior agilidade nas decisões do caso, exigindo a soltura dos detentos que não cometeram atos de maior gravidade.
Na última semana, Moraes concedeu liberdade provisória a mais de 50 pessoas, totalizando 655 que respondem em liberdade. Seguem presas 751 pessoas.