TSE cria grupo com plataformas para enviar propostas ao Congresso

GT reúne Tik Tok, Twitter, Meta, Telegram, YouTube, Google e Kwai

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil/CP

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou, nesta quarta-feira, a criação de um grupo de trabalho (GT) com representantes de plataformas digitais para elaboração de propostas a serem enviadas ao Congresso Nacional, onde se discute um projeto de lei para regulamentar o chamado “controle à desinformação”.

A iniciativa parlamentar é conhecida entre os congressistas como PL das Fake News. O tema é relatado na Câmara pelo deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que defende pontos como a responsabilização das plataformas de rede social pela disseminação de discursos de ódio contra o Estado Democrático de Direito.

Na manhã desta quarta, o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, reuniu-se, na sede do tribunal, em Brasília, com representantes das plataformas digitais TikTok, Twitter, Meta (WhatsApp, Facebook e Instagram), Telegram, YouTube, Google e Kwai.

De acordo com o TSE, a sugestão para a criação do GT conjunto partiu de Moraes, que defendeu a autorregulação e a participação das plataformas na elaboração de qualquer proposta legislativa.

Moraes sugeriu ainda a expansão para os discursos de ódio de mecanismos de controle já existentes para o combate a temas como pedofilia. Ele ainda indicou a necessidade de algum grau de responsabilização das plataformas, no caso de conteúdos promovidos e monetizados.

Durante o encontro, o grupo de plataformas “aproveitou para informar o ministro sobre as ações das mídias para impedir a replicação de notícias falsas pela internet, as ações de controle das plataformas e reafirmar o compromisso na construção de iniciativas em conjunto com a Justiça Eleitoral”, divulgou o TSE.

Sobre a experiência durante as eleições, Moraes disse ter ficado demonstrada a necessidade de uma cooperação maior, e que a experiência intensa dos ataques durante as eleições até o 8 de janeiro serviram como aprendizado.