Burocracia atrasa ajuda aos municípios castigados pela estiagem no RS

No Estado, 347 municípios que haviam oficiado a situação de emergência

| Foto: Mara Carvalho / Defesa Civil Municipal

A burocracia que precisa ser vencida para garantir o auxílio aos municípios atingidos pela estiagem no Rio Grande do Sul eleva o tempo para colocar as ações em prática. Na última semana, o governo do Estado realizou anúncio de ações de curto prazo, para fazer frente ao cenário atual, mas também de medidas para minimizar problemas estruturais no setor. Paralelamente, o governo federal liberou mais de R$ 3,8 milhões para 15 cidades. Entre elas, Jóia, que recebeu R$ 542,2 mil, e Santo Augusto, com R$ 467,7 mil.

Os movimentos governamentais, no entanto, ainda são insuficientes considerando o tamanho do problema. Os recursos serão utilizados para compra de cestas básicas, combustíveis de caminhões-pipa e reservatórios de água. Segundo o presidente da Famurs, Paulinho Salerno (MDB), o levantamento mais recente, realizado na última quinta-feira, apontou 347 municípios que haviam oficiado a situação de emergência, 296 que já haviam decretado, 199 com homologação e 198 cujas situações foram reconhecidas pela União.

“Precisamos de mais recursos e de planos visando o pagamento de dívidas, que se acumulam. Os municípios já gastaram mais de R$ 24 milhões tentando minimizar a situação”, disse o dirigente. Há grande expectativa em relação à presença de uma comitiva de ministros, nesta quinta-feira, no Estado.

A informação foi antecipada em publicação no site do Correio do Povo na sexta-feira. A região escolhida foi a de Hulha Negra, na fronteira sul, uma das mais castigadas pela estiagem. Segundo o ministro da secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, Lula não estará presente e não há data prevista para sua vinda ao RS. Nesta segunda-feira, Lula visitou São Sebastião, uma das cidades mais afetadas pelas chuvas em São Paulo, que já vitimaram mais de 30 pessoas.