A empresa Gravatinha Turismo confirmou à Rádio Guaíba que um erro na emissão de notas fiscais resultou na inclusão de Terezinha de Fátima Issa da Silva, de Caxias do Sul, na lista divulgada pela Advocacia Geral da União (AGU), na quarta-feira passada, com supostos financiadores dos ataques aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no fim de semana passado. Inserida na relação como suposta contratante de um ônibus que levou manifestantes gaúchos para o ato, ela teve o bloqueio de bens determinado, pela Justiça Federal, nessa quinta-feira.
Segundo Cintia Riconi da Rosa, sócia da empresa, a verdadeira contratante havia sido Sheila Ferrarini. Pelos registros da locadora caxiense, Terezinha também é cliente da Gravatinha Turismo, mas contrata veículos para excursões de cunho religioso.
“Houve um erro de sistema na hora da emissão da nota fiscal em que o nome da Terezinha saiu indevidamente. A verdadeira contratante se chama Sheila Ferrarini. A nota já foi cancelada e estamos procurando todos os meios possíveis para corrigir esse erro”, declarou a representante.
De acordo com Cíntia, a contratante não informou que pretendia utilizar o veículo para transportar participantes ao ato que resultou em vandalismo. A reportagem ainda tenta contato com Sheila Ferrarini.
Segundo uma colega que não quis se identificar, Terezinha passou o domingo de manifestações na casa da mãe. Ela confirmou ainda que a mulher presta serviços para o Centro Mediúnico Marlon Santos, especializado em cura espírita e ligado ao deputado federal Marlon Santos (PL-RS). Em declarações a um site de Caxias do Sul, Terezinha disse ter votado em Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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