O empresário César Pagatini negou, em declarações à Rádio Guaíba, nesta quinta-feira, ter vínculos financeiros com a manifestação que resultou na invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, no último domingo. Mais cedo, a Advocacia-Geral da União (AGU) incluiu o nome do morador de Bento Gonçalves em um pedido à Justiça Federal do Distrito Federal para o bloqueio de bens de acusados de terem financiado o fretamento de ônibus para a manifestação.
Ainda em Brasília, ele alega não ter recebido notificação sobre a denúncia. O empreendedor está em liberdade e nega ter sido detido, mas admite não ter data marcada para voltar ao Rio Grande do Sul.
“É só consultarem meus bens e o pessoal vai se clarear logo. Eu não tenho dinheiro para ficar financiando essas tretas”, declarou Pagatini, que é CEO da Coneex Marketing Digital.
Conhecido na cidade como ‘Tio Baga’, o empresário declarou desconhecer a outra moradora da Serra denunciada pela AGU. Trata-se de Terezinha de Fátima Issa da Silva, de Caxias do Sul. A reportagem ainda tenta contato com ela.
Na noite desta quinta, o juiz federal Francisco Alexandre Ribeiro decidiu aceitar o pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para bloqueio de bens de 52 pessoas físicas e sete jurídicas acusadas de envolvimento nos atos antidemocráticos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, no domingo. O total bloqueado chega a R$ 6,5 milhões e representa o valor apurado dos prejuízos até o momento.