Em outubro de 2022, o índice de atividades turísticas caiu 2,8% frente ao mês imediatamente anterior, eliminando, assim, boa parte do ganho verificado no período julho-setembro (3,0%). É o que apontam os dados divulgados nesta terça-feira, 13, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ao apontar que o segmento de turismo se encontra 2,5% abaixo do patamar de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 9,6% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014. No Rio Grande do Sul o desempenho foi negativo, mas alta no acumulado do ano.
Oito das 12 localidades pesquisadas acompanharam a queda verificada na atividade turística nacional (-2,8%). O estado contribuiu, juntamente com São Paulo (-3,6%), Rio de Janeiro (-3,4%), Distrito Federal (-7,8%), e Paraná (-3,2%), para o resultado negativo ao atingir queda de -3,6%.
Comparado com outubro de 2021, o volume de atividades turísticas no Brasil subiu 16,1%, 19ª taxa positiva seguida, impulsionado pelo aumento na receita de empresas de locação de automóveis; restaurantes; transporte aéreo; serviços de bufê; rodoviário coletivo de passageiros e hotéis. Todas as 12 unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo.
TRANSPORTE DE PASSAGEIROS
No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 34,5% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelo aumento de receita nas empresas dos ramos de transporte aérea de passageiros; restaurantes; hotéis; locação de automóveis; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê. Houve altas nos 12 locais investigados, com destaque para São Paulo (41,9%), seguido por Minas Gerais (55,3%), Rio de Janeiro (17,6%), Rio Grande do Sul (43,3%) e Bahia (28,7%). Transportes de passageiros (-5,5%) e de cargas (-2,0%) apresentam queda
Em outubro de 2022, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou retração de 5,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, após ter avançado 1,5% em setembro. O segmento encontra-se 4,8% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 25,9% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou queda de 2,0% em outubro de 2022, segundo resultado negativo seguido. Dessa forma, o segmento situa-se 3,6% abaixo do ponto mais alto de sua série, alcançado em agosto de 2022. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 29,0% acima de fevereiro de 2020.
Na comparação com outubro de 2021, o transporte de passageiros teve a 19ª taxa positiva seguida ao avançar 16,4% em outubro de 2022, ao passo que o transporte de cargas, no mesmo tipo de confronto, cresceu 15,8%, seu vigésimo sexto resultado positivo consecutivo. No acumulado do ano, o transporte de passageiros mostrou expansão de 33,5% frente a igual período de 2021, enquanto o de cargas avançou 15,3%.