Secom: não há previsão de Bolsonaro se pronunciar hoje sobre eleição

Bolsonaro disse a ministros que não vai contestar o resultado da eleição, mas pode fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

Foto: Arquivo/Edu Garcia/R7

A Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República informou que não há previsão de Jair Bolsonaro (PL) se pronunciar, nesta segunda-feira, sobre a derrota na eleição. O presidente está em silêncio após o resultado das urnas confirmar a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mais de 23 horas atrás.

De acordo com fontes ouvidas pela Agência Estado (AE), Bolsonaro disse a ministros que não vai contestar o resultado da eleição, mas pode fazer críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Apesar de não haver previsão de pronunciamento, não se descarta a possibilidade de Bolsonaro mudar de ideia e resolver falar hoje.

Neste momento, o presidente está no Palácio da Alvorada. Mais cedo, ministros próximos a Bolsonaro se reuniram com ele no Planalto. De acordo com fontes, estiveram presentes Ciro Nogueira (Casa Civil), Fábio Faria (Comunicações), Paulo Guedes (Economia) e Carlos França (Relações Exteriores), além da presidente da Caixa, Daniella Marques.

Na noite de ontem, Bolsonaro se recusou a receber aliados e se isolou no Palácio da Alvorada após a derrota. De acordo com fontes, ao menos três ministros e dois deputados que foram à residência oficial não conseguiram ser recebidos pelo chefe do Executivo, um deles o titular da pasta de Minas e Energia, Adolfo Sachsida.

Nesta segunda-feira, o presidente se reuniu com o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), um dos coordenadores da campanha, e o vice na chapa derrotada, general Braga Netto. Depois, saiu da residência oficial por volta de 9h30min rumo ao Palácio do Planalto. No local, se encontrou com ministros e aliados e, à tarde, por volta das 16h20min, retornou ao Alvorada.

Bolsonaro se tornou o primeiro chefe do Executivo federal a concorrer à reeleição e não vencer. Desde que a reeleição para presidente da República passou a valer, em 1997, foram reeleitos para o cargo Fernando Henrique Cardoso, o próprio Lula (em 2010) e Dilma Rousseff.