Os bloqueios de rodovias e estradas pelo Brasil podem provocar desabastecimento de produtos no Rio Grande do Sul. O presidente das Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa), Ailton Machado, se manifestou sobre os protestos no fim da tarde desta segunda-feira.
Conforme o gestor do órgão, os bloqueios, caso prossigam, podem acarretar em atrasos nas entregas de frutas, oriundas do Nordeste, e leguminosas, procedentes do Sudeste. Contudo, o presidente esclarece que as manifestações não devem afetar o transporte de verduras.
“Além dos legumes, as principais frutas, como melão, mamão, abacaxi e manga, não passariam e ficariam prejudicadas. Já as folhosas, que são caseiras do cinturão verde no entorno da Grande Porto Alegre, vão conseguir chegar, já que elas são transportadas por estradas secundárias, conseguindo desviar da FreeWay para chegar até a Ceasa”, avaliou.
Machado também alerta que o desabastecimento pode provocar uma alta no preço dos produtos nas gôndolas de maneira imediata. “Se trancar os caminhões, no dia seguinte já tem desabastecimento e, por consequência, elevação nos preços”, pontuou.
Por conta da inconformidade do resultado das eleições, que consagrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo presidente da República, diversas manifestações vêm sendo realizadas em rodovias pelo Brasil.
No Rio Grande do Sul, segundo último balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM), mais de 80 trechos de estradas seguiam bloqueados até o início da noite desta segunda-feira.