Guedes garante reajuste do mínimo e das aposentadorias conforme inflação

Guedes garante reajuste do mínimo e das aposentadorias conforme inflação

Foto: Washington Costa / ME

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que os reajustes da aposentadoria e do salário mínimo serão mantidos para o próximo ano. O novo valor, que passa a vigorar em janeiro, deve cobrir pelo menos a inflação, de acordo com Guedes. “O jogo está correndo. É claro que agora em janeiro, fevereiro, os aposentados e o salário mínimo serão corrigidos pelo menos igual a inflação”, afirmou.

A declaração à imprensa ocorreu após a participação dele da reunião da diretoria da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no Rio de Janeiro.

O ministro defendeu também uma readequação do teto dos gastos, algo que ainda está sendo estudado. Os gastos com a pandemia, mostraram, segundo ele, que o teto, criado para barrar o aumento de despesas do governo federal está “todo furado”, está “cheio de goteiras”.

De acordo com Guedes, a medida impede, por exemplo, repasses para os entes federados e outras despesas necessárias em momentos de crise, como a pandemia. A medida que instituiu o teto é de 2016, durante o então governo de Michel Temer (MDB).

Mesmo com possíveis mudanças de vinculações de recursos, o ministro garantiu que as aposentadorias e o salário mínimo não terão prejuízo. “Ninguém vai usar uma mudança de regra para prejudicar o salário mínimo e os aposentados”, garantiu.

Até 2019, o salário mínimo era reajustado segundo a fórmula que previa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de 2 anos anteriores mais a inflação oficial do ano anterior.

Desde 2020, o reajuste passou a seguir apenas a reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os reajustes ocorrem porque a Constituição Federal determina que o salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, seja capaz de atender às necessidades vitais básicas do trabalhador e às de família dele com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada a vinculação do piso para qualquer fim.

O valor do salário mínimo impacta também o pagamento de benefícios do INSS. O salário mínimo é, atualmente, R$ 1.212.

O ministro disse também que os salários do funcionalismo público devem ser reajustados, após a situação mais crítica da pandemia.