A Polícia Civil prendeu a delegada Adriana Belém, por forte indício de lavagem de dinheiro, após ter encontrado quase R$ 1,8 milhão na casa dela, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio, durante a Operação Calígula, nesta terça-feira.
O juiz Bruno Monteiro Ruliere, da 1ª Vara Criminal Especializada, determinou a prisão preventiva (sem prazo) depois de a delegada ter sido alvo de busca e apreensão, nessa manhã.
Ex-titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), Adriana Belém é apontada como colaboradora de uma organização criminosa denunciada pelo Ministério Público, que atuava na exploração de jogos de azar e era liderada pelo contraventor Rogério de Andrade e o filho dele, Gustavo de Andrade.
Entre os integrantes da organização também está o policial militar reformado Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora Marielle Franco (PSol), em 2018.
De acordo com as investigações, Adriana e Ronnie se encontraram para viabilizar a retirada de caminhões com mais de 80 máquinas caça-níqueis apreendidas pela polícia em casas de apostas, em reunião intermediada pelo também delegado Marco Cipriano, preso nessa manhã.
Inicialmente, Adriana Belém havia sido denunciada por corrupção em razão da liberação das caça-níqueis. A delegada vai ficar presa na Corregedoria da Polícia Civil.