Fraudes em consórcios do Banco do Brasil estão na mira da Polícia Federal nesta quarta-feira (6). Ao menos 20 policiais estão nas ruas para cumprir oito mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo e no Paraná no âmbito da Operação Consórcio 200.
A reportagem apurou que um ex-presidente do BB-consórcio e um ex-diretor executivo são alvos da polícia. Eles foram afastados dos cargos em 2020.
De acordo com a PF, as investigações tiveram início em 2021 após o Banco do Brasil encaminhar uma notícia-crime com o resultado da auditoria de duas operações de consórcio, no valor de R$ 100 milhões.
Esses valores eram aprovados como consórcio de veículos, mas utilizados para outros fins. O pagamento, inclusive, não foi executado regularmente o que obrigou o banco a cobrir parte considerável do contrato.
Segundo a PF, a operação financeira pode ser caracterizada como crime contra o sistema financeiro nacional, com pena de reclusão de 3 a 12 anos e multa. Se ficar comprovado que os envolvidos que se beneficiaram do dinheiro produto do crime, eles podem ser punidos pelo crime de lavagem de dinheiro.
Ao R7, a assessoria do banco informou que assim que identificou as irregularidades, fez a notificação às autoridades policiais, que iniciaram as investigações. “O BB continua contribuindo com as investigações e tem se colocado sempre à disposição das autoridades competentes”, diz em nota.