Resultados positivos para Covid em rede de laboratórios crescem 114% em uma semana

Confirmações saltaram de 18,98% para 40,6% entre 29 de dezembro e 5 de janeiro

Foto: Alina Souza/CP

O número de exames com resultado positivo para Covid-19 cresceu 114%, na maior rede privada de laboratórios de análise do Brasil, na semana entre os dias 29 de dezembro de 2021 e 5 de janeiro de 2022 em comparação com a semana anterior.

De acordo com um levantamento feito pela Rede Dasa, que reúne mais de 900 laboratórios pelo país, a taxa de testes que identificou a presença do vírus ativo saltou de 18,98% para 40,6% no período.

Ainda segundo o levantamento, a procura por testes RT-PCR registrou crescimento de 53,4% durante esta semana. As festas de fim de ano mudaram o panorama da infecção no país, registrando aumento no número de casos e com a nova variante do vírus, a ômicron, se tornando a predominante no mundo.

O site Our World in Data, plataforma de dados ligada à Universidade de Oxford, aponta que, em dezembro, os casos da nova cepa saltaram de 0,16% no começo do mês para 58,33% no dia 27. Descoberta no Sul da África, em novembro, a ômicron é considerada mais transmissível que as variantes anteriores.

A taxa de testes realizados que tiveram resultado positivo no Rio de Janeiro já chega a 46%, e em São Paulo a 36%. No Distrito Federal, a taxa de testes positivos alcançou 20% nos cinco primeiros dias do ano.

A rede laboratorial também identificou aumento 4% no volume de testes para detecção da Influenza no país em comparação à semana do Natal, entre 21 e 27 de dezembro. Os resultados positivos foram menores, com a taxa caindo de 24% para 17%.

As autoridades de saúde dos estados também vêm monitorado os casos de dupla infecção pela Covid-19 e pela influenza. O virologista e vice-chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios da Fiocruz, Fernando Motta, entretanto, aponta que o fenômeno não é novidade da pandemia de Covid-19. “É uma coisa nova quando pensamos no coronavírus, mas quando pensamos nos outros vírus respiratórios, a coinfecção não é algo inesperado”, disse Motta à RecordTV Minas nesta quinta.

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanon, alertou que a ômicron, apesar de aparentar provocar formas menos graves da Covid-19 em comparação com a Delta, não deve ser considerada “leve”.

Nesta quinta, a cidade de Aparecida de Goiânia divulgou ter registrado a primeira morte causada pela nova cepa do coronavírus. Segundo o comunicado da prefeitura, trata-se do primeiro óbito pela variante no Brasil. O R7 pediu confirmação ao Ministério da Saúde e aguarda um posicionamento.