O presidente Jair Bolsonaro afirmou que o Brasil não aguenta “um novo lockdown” ao comentar o surgimento da variante ômicron do coronavírus, originária do sul da África. Bolsonaro defendeu “medidas racionais” para combater o problema, mas se posicionou contra fechamentos de fronteira. “Tudo pode acontecer, uma nova variante, um novo vírus. Mas o Brasil e o mundo não aguentam um novo lockdown, seria condenar todos à miséria, que leva à morte também. Temos que encarar a realidade sem se apavorar”, disse, em evento no Rio de Janeiro.
Bolsonaro disse que tratou do assunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que emitiu uma nota técnica, também nesta sexta, recomendando a suspensão de voos de seis países do continente africano, onde a variação surgiu: África do Sul, Botsuana, Eswatini (antiga Suazilândia), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
Argentina
Bolsonaro disse, ainda, que discutiu com a Anvisa a possibilidade de um período de isolamento para que viajantes da Argentina possam ingressar no Brasil. Segundo o chefe do Executivo, a medida pode valer apenas para quem entrar pela via aérea.
“Discutimos a Argentina: quem vier de carro da Argentina para cá entra sem problemas. Quem vier de avião faz quarentena de quatro dias. Então, vou tomar medidas racionais. Carnaval, por exemplo, eu não vou para o Carnaval. Mas não tenho comando do combate à pandemia, isso cabe a governadores e prefeitos”, completou.