O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, confirmou, nesta sexta-feira, que quem tomou a vacina da Janssen vai ter reforço em dose única e de forma homóloga — quando o imunizante é o mesmo adotado na aplicação da primeira dose. Ele defendeu, entretanto, a vacinação de reforço com marcas diferentes para o caso da AstraZeneca. A dose de reforço do imunizante está em análise na Anvisa.
“Já existem estudos mostrando resultados positivos da vacinação com imunizantes diferentes em outros países. Mas, enquanto isso, seguimos as recomendações da Anvisa e tudo fica condicionado também à disponibilização das doses. O importante é acalmar a população”, adiantou Rodrigo Cruz. Atualmente, o uso da mesma marca é recomendado pela Anvisa para AstraZeneca, Pfizer e Janssen pela Anvisa. A exceção é a Coronavac.
Em nota técnica publicada na quinta-feira, o Ministério da Saúde confirmou que vai seguir a recomendação no caso da Janssen. O reforço, portanto, só vai ser ministrado com o mesmo imunizante.
Rodrigo Cruz explicou que a dose única de reforço da Janssen será aplicada dentro do intervalo mínimo de dois a seis meses da aplicação da dose única. “Isso não significa que após dois meses da primeira aplicação a pessoa não tenha anticorpos. Só mostra que é seguro aplicar a dose de reforço neste momento a depender do cenário epidemiológico, que hoje é confortável”, disse.
Segundo o secretário, alguns estudos sugerem, ainda, que aplicar a dose de reforço após seis meses pode gerar uma resposta ainda melhor do que quando aplicada no período de dois meses após a primeira.
O Ministério da Saúde informou que a pasta já recebeu 2 milhões de vacinas da Janssen e a expectativa é liberar mais 3 milhões na semana que vem. A Anvisa decidiu que, no caso da Janssen, as vacinas devem passar ainda por uma análise laboratorial, a cargo do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Assim que o instituto liberar o material, as vacinas serão encaminhadas para os postos de saúde de todo o país.