O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, declarou nesta sexta-feira (15) que o governo federal não renovará a ação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que permite o emprego de militares no combate a crimes ambientais na Amazônia. Mourão é também presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL).
“Sem renovação da GLO. O que foi acertado? As Forças Armadas continuam a prestar apoio logístico, de comunicações e de inteligência, o Ministério do Meio Ambiente, que teve seu orçamento duplicado, ele repassa o recurso necessário para o Ministério da Defesa. Coordenação feita dentro do grupo gestor, e pronto. Segue o baile”, disse ele em entrevista na vice-presidência, em Brasília.
O decreto de GLO é necessário para formalizar a operação em terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental, em áreas federais em geral e, a pedido de governadores. A operação que se encerra nesta sexta ocorre nos municípios mapeados pelo Grupo Gestor do CNAL e teve como referência a maior quantidade anual de alertas de desmatamento.
Mourão informou que as Forças Armadas continuarão a dar suporte em transporte e em segurança, quando for necessário. A não renovação da GLO ocorre porque as agências ambientais estão com mais servidores no momento, por isso têm melhores condições de atuar no combate aos crimes ambientais.
“Vamos lembrar que no ano passado a intensidade da Covid era muito maior, o pessoal não estava vacinado, tem muita gente de mais idade que são funcionários das agências. Agora estão em condições de trabalhar a fundo”, disse.
A atuação das Forças Armadas no combate a crimes ambientais na Amazônia foi autorizada pelo presidente Jair Bolsonaro no fim de junho, com encerramento previsto para 31 de agosto. A ação foi prorrogada por mais 45 dias e termina nesta sexta (15).