Desemprego recua e atinge 14,1 milhões de brasileiros, diz IBGE

Pela primeira vez desde abril de 2020, destaca o instituto, o nível de ocupação da população ativa supera a marca de 50%

Pessoas sem carteira de trabalho estão entre as mais vulneráveis | Foto: Marcos Santos/USP Imagens/CP
Foto: Marcos Santos/USP Imagens/CP

O Brasil registrou no trimestre encerrado em julho uma taxa de desemprego de 13,7% da população, um recuo em relação aos 14,1% apontados no mês passado. Com isso, 14,1 milhões de brasileiros estão desocupados (eram 14,4 milhões).

Os dados são da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), divulgada nesta quinta-feira (30), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado mostra que, no trimestre fechado em julho, houve uma redução de 1 ponto percentual em relação ao três meses anteriores, fevereiro, março e abril.

Segundo o IBGE, o recuo na taxa foi influenciado, principalmente, pelo aumento no número de pessoas ocupadas: 89  milhões, com mais 3,1 milhões empregadas nesse período.

“Essa é a primeira vez, desde o trimestre encerrado em abril de 2020, que o nível de ocupação fica acima de 50% [50,2%, exatamente], o que indica que mais da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país”, destaca a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

Também avançou, como havia mostrado ontem o Caged, do Ministério do Trabalho, o número de pessoas com carteira assinada. Segundo a Pnad Contínua, o país registrou um aumento desse contingente em 3,5%, ou mais 1 milhão de pessoas, totalizando 30,6 milhões no trimestre até julho.

Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, 1,2 milhão de pessoas foram contratadas formalmente. É o primeiro aumento no emprego com carteira, desde janeiro de 2020, na comparação anual.