O procurador-geral da Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, designou, nesta quinta-feira, quatro promotores para compor a força-tarefa que vai investigar se a Prevent Senior tratou pacientes, sem consentimento, com o chamado ‘kit-covid’. As suspeitas que recaem sobre a pesquisa supostamente desenvolvida pela operadora de planos de saúde em São Paulo, com hidroxicloroquina e invermectina, vieram a público a partir da CPI da Covid no Senado.
Além de escalar os promotores Everton Zanella, Fernando Pereira, Nelson dos Santos Pereira Júnior e Neudival Mascarenhas Filho para trabalhar em conjunto com o promotor natural, Rodolfo Bruno Palazzi, o chefe do Ministério Público de São Paulo também determinou “atenção total’ à investigação. As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
O inquérito policial tramita no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e apura se a aplicação de remédios do “kit’ em pacientes da Prevent Senior que vieram a óbito configura crime de homicídio. A operadora também é suspeita de ocultar mortes de pessoas que supostamente participaram de um estudo e de pressionar médicos a adotarem o ‘tratamento precoce’.
O Estadão apurou que, entre os próximos passos da investigação, está prevista a análise de documentos que a comissão parlamentar se comprometeu a compartilhar com o Ministério Público de São Paulo. O dossiê em posse dos senadores contém, por exemplo, denúncias de médicos que trabalharam na Prevent Senior.