Butantan informa que 1,8 milhão de doses dos lotes bloqueados da Coronavac já foram recolhidas

Instituto, que produz e importa a vacina, se manifestou após resolução da Anvisa determinar recolhimento de lotes interditados

Foto: Alina Souza / CP Memória

O Instituto Butantan, em São Paulo, responsável pela produção da Coronavac no Brasil e importação da vacina da China, afirmou, nesta quarta-feira, que já havia determinado, há uma semana, o recolhimento voluntário das doses interditadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O instituto frisou, em nota, que as primeiras 1,8 milhão de doses distribuídas para o PNI (Programa Nacional de Imunizações) já foram recolhidas e substituídas por vacinas produzidas pelo Butantan com IFA proveniente de fábrica na China, certificada previamente pela Anvisa.

“Dessa forma, não houve qualquer prejuízo para o calendário de vacinação estipulado pelo Ministério da Saúde. O instituto reafirma que a vacina foi analisada pelo rigoroso controle de qualidade do Butantan e não há qualquer indício de desvio de qualidade nos lotes da Coronavac”, informou.

“Esclarecemos, ainda, que a medida cautelar estipulada pela Anvisa atinge, exclusivamente, as 8 milhões de doses que foram envasadas em uma planta específica da biofarmacêutica chinesa Sinovac, não tendo impacto em qualquer outro lote, especialmente os fabricados no Brasil”, acrescentou.

O anúncio ocorre logo após a publicação de uma resolução da Anvisa que determina recolhimento de lotes da Coronavac, interditados de forma preventiva no início do mês.

A Anvisa afirmou que o recolhimento das doses interditadas caberá “aos importadores” e que “o recolhimento se aplica apenas aos lotes que foram envasados em local não inspecionado pela Agência”. “A vacina Coronavac permanece autorizada no país e possui relação benefício-risco favorável ao seu uso no país”, apontou por meio de nota.

Foram vetados 25 lotes do imunizante, com cerca de 12,1 milhões de doses. Outras 9 milhões de doses, cujo IFA está em trâmite para o Brasil, também estão interditadas – total de 21 milhões de doses. As vacinas foram envasadas com matéria-prima (Insumo Farmacêutico Ativo) de um laboratório na China que não passou por inspeção da agência, segundo a Anvisa.

De acordo com o governo de São Paulo, ao qual o instituto Butatan é ligado, as vacinas foram produzidas pelo próprio Butantan com IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) que veio de fábrica na China.