Covid: mais da metade dos adultos completou imunização no Brasil

Marca de 50% do público acima de 18 anos que tomou duas doses ou que recebeu vacina de dose única foi atingida nesta segunda

Foto: Guilherme Almeida/CP

O Brasil ultrapassou, nesta segunda-feira (20), a marca de 50% dos adultos brasileiros que completaram o esquema vacinal contra a covid-19. Do público estimado de 158 milhões de pessoas acima de 18 anos, 80,5 milhões já receberam as duas doses dos imunizantes incluídos no Programa Nacional de Imunização (PNI) ou foram contempladas com a vacina da Janssen, de dose única.

Em relação aos que já receberam a primeira dose, o Ministério da Saúde calcula que 90% do público-alvo já iniciou o esquema desde que a campanha entrou em vigor, em janeiro de 2021. Aproximadamente 141 milhões de adultos receberam uma aplicação.

No entanto, a pasta enfatiza a necessidade do retorno aos postos de vacinação para completar o esquema. Até a última atualização, mais de 8 milhões de pessoas não compareceram para tomar a segunda dose e estão com a imunização atrasada. “A eficácia dos imunizantes usados na campanha foi comprovada a partir de análises realizadas com as duas aplicações, respeitando o intervalo correto”, frisa o ministério.

intervalo para receber a AstraZeneca continua de 12 semanas, mas, em relação à Pfizer, o período foi reduzido na semana passada para oito semanas. “Até o fim de outubro iremos imunizar todos os brasileiros com as duas doses. Para isso, precisamos seguir o que foi pactuado e falar a mesma língua”, tem reiterado o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, aos estados e municípios.

O principal ponto de divergência tem sido a aplicação de doses da Pfizer em crianças e adolescentes de 12 a 17 anos. A medida chegou a ser anunciada pela pasta para início a partir de 15 de setembro, mas o ministro voltou atrás e mandou suspender as aplicações neste público, mesmo com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para imunizar a faixa etária.

Cabem aos entes federados suspender as aplicações, mas a maioria não segue a nova recomendação do ministério, justamente por já terem iniciado a vacinação. Queiroga afirma que há excesso de vacinas, atualmente, mas que o ministério “não garante doses aos que não cumprem as orientações da pasta.”