Visita de Bolsonaro a Expointer é marcada por apoio de simpatizantes e almoço com lideranças políticas e do agronegócio

Durante passagem pela feira, presidente não atendeu a imprensa

Foto: Alina Souza / Correio do Povo

Sob forte aparato de segurança, o presidente da República, Jair Bolsonaro, cumpriu agenda neste sábado na 44° Expointer, em Esteio, na Região Metropolitana. Na feira, o chefe do executivo chegou pontualmente as 11h, dando início a um percurso, no qual visitou pavilhões e recebeu apoio de diversos manifestantes que vestiam, em maioria, camisas ou portavam adereços nas cores verde e amarelo, de aproximadamente 1h30min.

Durante o trajeto, havia expectativa de que ele fizesse um discurso no estande do Ministério da Agricultura, conforme a assessoria de imprensa do governo federal, mas isso acabou não sendo concretizado. Após, Bolsonaro ingressou na Casa da Farsul, onde no local ele participou de um almoço com lideranças políticas e do agronegócio, por cerca de 1h15min.

No local, o presidente, sob aplausos, recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha, que é a maior distinção da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, e discursou. Durante sua fala, Bolsonaro afirmou que o trabalho do governo federal é, em primeiro lugar, não atrapalha. “É um governo que não cria dificuldades para vender facilidades”.

Além disso, o chefe do executivo reafirmou a importância dos três poderes e da Democracia. Já em relação ao discurso realizado no feriado do dia 7 de setembro e a publicação da carta à nação, na última quinta, o presidente não se manifestou.

Por conta de divergências políticas, o governador Eduardo Leite não acompanhou a visita do presidente a feira. Na ocasião, coube ao vice-governador do Estado, Ranolfo Vieira Jr, ser o anfitrião.

A agenda do presidente na 44° Expointer terminou por volta das 13h45, quando ele se posicionou na janela de um carro e saiu do parque acenando para os seus apoiadores. Após, ele embarcou para Brasília em um voo que saiu do Aeroporto Salgado Filho, às 14h45.

Repercussão

De acordo com o senador Luís Carlos Heinze (PP), um dos principais apoiadores do atual governo, o presidente “tem o direito de falar o que quiser (sobre o discurso no feriado da Independência do Brasil), quem falou coisas que não deveria foram dois ministros (STF), sem citar nomes, e a história vai mostrar quem está certo”.

Questionado, o vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Ubiratan Sandersson (PSL), afirmou que Bolsonaro não está isolado. Conforme o parlamentar, “o presidente dialoga com diversos agentes políticos, incluindo ministros do Supremo Tribunal Federal (STF)”.