O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) reajustou, nesta quinta-feira, a tarifa de água em Porto Alegre. O reajuste, publicado no Diário Oficial do município (Dopa), ficou em 9,02%, abaixo do reajuste de 34,67% do IGP-M previsto pela legislação.
Conforme a prefeitura, a medida entra em vigor em 30 dias, mas só vai impactar o bolso dos consumidores nas contas de setembro. Com a alteração, o metro cúbico residencial passou de R$ 3,75 para R$ 4,09, uma diferença de R$ 0,34 a cada mil litros de consumo.
Já o metro cúbico comercial e industrial, que era de R$ 4,27, agora sobe para R$ 4,66. Para órgãos públicos, o valor atual, de R$ 7,18, passa para R$ 8,18.
O Dmae informou, ainda, que a tarifa social, que era de R$ 27, passa a ser de R$ 29,45 – valor total de água e esgoto com consumo de até 10 metros cúbicos por famílias em situação de baixa renda.
Ainda de acordo com a prefeitura, o regramento não repercute aumento tarifário real, mas estabelece a recomposição da inflação necessária para que o Dmae mantenha o mínimo de arrecadação para manter a execução dos serviços.
O último reajuste havia sido aplicado em fevereiro de 2020 usando, como em anos anteriores, o IGP-M como base de cálculo – o que não está sendo feito agora.
“Os novos valores refletem apenas a reposição da inflação. O Dmae não tinha como aplicar um aumento real com base no IGP-M neste momento de pandemia. No entanto, para manutenção dos serviços, que são essenciais à população, precisamos trazer a recomposição da inflação”, esclarece o diretor-geral do Dmae, Alexandre Garcia. O dirigente cita que o custo de fornecedores – energia elétrica, produtos químicos e materiais de construção, por exemplo – também aumentou.
