Parte do público que procurou as 11 unidades básicas de saúde de Porto Alegre, na manhã desta quinta-feira, em busca da primeira dose da vacina Comirnaty, da Pfizer, se deparou com falta de doses, longa espera e poucas informações. Em menos de duas horas desde iniciada a vacinação, já havia relatos de falta de doses do imunizante.
No IAPI, ao questionarem a demora, os descontentes recebiam uma senha. Quem não recebia, contudo, era fadados a aguardar indefinidamente.
“Eles só pediram para aguardar na fila, mas não disseram nada da falta de doses. Mas eu tenho comorbidades, mãe e pai doentes. Preciso me vacinar e vou esperar o tempo que for necessário”, contou Deise Beretta, de 46 anos, moradora do Triângulo, na zona Norte da Capital.
No Modelo, no bairro Santana, por volta das 10h30min, a situação era parecida. A tenda de vacinação não tinha movimento, mas havia dezenas de pessoas aguardando dentro do pátio da unidade, em uma fila que se estendia pela calçada. “Estamos esperando há uns 20 minutos. Mas não deram senha e nem falaram nada”, relatou Gabriel Baraibar, morador do bairro Partenon.
O secretário municipal de Saúde, Mauro Sparta, informou que foram aplicadas as doses em estoque e que o município aguarda receber mais uma remessa do imunizante da Pfizer para continuar a aplicação. Sobre as senhas, disse que o objetivo era evitar a espera desnecessária.
Em nota, a SMS reiterou que vem fazendo “uma operação diária de remanejo de doses para reposição de vacinas nos locais onde acaba ocorrendo a falta, devido à procura”.
Nesta quinta, também não era possível encontrar a primeira dose da AstraZeneca/Fiocruz e nem ocorreu vacinação em drive-thrus. A SMS espera retomar a vacinação com a Pfizer apenas na terça que vem.