TSE determina quebra de sigilo em ações contra a chapa Bolsonaro-Mourão

Decisão é do ministro Luís Felipe Salomão, corregedor-geral da Justiça Eleitoral

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral autorizou a quebra de sigilo de usuários identificados como responsáveis pelo ataque hacker ao grupo virtual Mulheres Unidas contra Bolsonaro na eleição de 2018. A página reunia mais de 2,7 milhões de pessoas no Facebook e, na época, teve o nome alterado para Mulheres com Bolsonaro #17.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, a decisão é do ministro Luís Felipe Salomão, corregedor-geral da Justiça Eleitoral. Ele intimou empresas de telefonia a fornecer dados cadastrais dos números de telefone identificados pela PF e determinou que empresas de tecnologia levantem registros de acesso ao grupo.

Fake news
No início do mês, o TSE atendeu a um pedido formulado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e compartilhou com a Corte Suprema ações mirando na campanha do presidente Jair Bolsonaro e do vice, Hamilton Mourão, em 2018.

O compartilhamento das ações abertas para investigar a chapa Bolsonaro/Mourão se baseia na suspeita de que o modo de funcionamento dos disparos em massa seja semelhante ao usado nos ataques dirigidos ao Supremo nas redes sociais, objeto do inquérito das fake news.

Na ocasião, Moraes prorrogou por mais 90 dias as investigações. Além da sobrevida, o ministro pediu ao TSE e ao Tribunal de Contas da União (TCU) que façam levantamentos para verificar se candidatos, partidos ou órgãos públicos pagaram empresas investigadas nos processos eleitorais.