O setor de serviços apresentou queda de 4% na passagem de fevereiro para março, voltando a ficar abaixo do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. O resultado elimina boa parte do ganho do mês anterior, que foi de 4,6%, quando superou o nível antes da crise sanitária pela primeira vez. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE.
O resultado negativo foi influenciado, principalmente, pela atividade de serviços prestados a famílias, que despencou 27% no período, a taxa negativa mais intensa desde abril de 2020 (-46,5%).
Compõem o segmento, por exemplo, hotéis, pousadas, restaurantes, atividades culturais, de recreação e de lazer, todos duramente afetados pelas medidas de restrição recentes para diminuir o contágio da Covid-19.
“O setor mostrava um movimento de recuperação desde junho do ano passado e chegou a superar o patamar pré-pandemia. Mas, com a queda em março, encontra-se 2,8% abaixo do volume de fevereiro do ano passado”, afirma o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.
Na comparação com março de 2020, a área teve alta de 4,5%, após 12 taxas negativas seguidas. Já o fechamento do primeiro trimestre recuou 0,8% frente ao mesmo período de 2020. Com isso, o volume de serviços apresenta a quinta queda consecutiva nas comparações trimestrais. O acumulado nos últimos 12 meses é de -8%.
Influências
Além da atividade de serviços prestados às famílias, outras duas do total de cinco investigadas foram as responsáveis pelo desempenho do setor em março. Também contribuíram para o índice as quedas de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,9%) e de profissionais, administrativos e complementares (-1,4%).