Escapou. Por um gol, um mísero gol, o Inter viu o tetracampeonato do Brasileirão escapar. Contando com a derrota do Flamengo no Morumbi, os comandados de Abel Braga lutaram, mas não conseguiram sair do 0 a 0 com o Corinthians no Beira-Rio, na noite desta quinta-feira. Com isso, o time acaba com a segunda colocação.
VAR frustra a alegria colorada no primeiro tempo
O jogo começou com o time nervoso. Podendo conquistar o título, os jogadores colorados não conseguiam superar a marcação corintiana. Em paralelo ao Flamengo pressionando o São Paulo no Morumbi. Tanto que, precisando vencer, foi o Inter que levou o primeiro susto do jogo, quando a bola sobrou para Ramiro e ele acertou a rede do lado de fora da goleira defendida por Marcelo Lomba. Um susto.
As coisas, porém, começaram a mudar no terço final do primeiro tempo. Aos 30, após bobeada da defesa corintiana na defesa, Moisés levou o ataque à ponta esquerda e cruzou. Ramiro vinha na marcação e conseguiu cortar, mas com o braço. O árbitro Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti na hora, fazendo a expectativa ir às alturas na beira do Guaíba. Só que aí começou aquela demora e após longos quatro minutos, o juiz foi ao VAR e voltou da tela decidido a anular o pênalti.
Apesar do banho de água fria, o Inter seguiu mais disposto na partida, ainda que as chances claras teimavam em não aparecer. Para complicar as coisas, o capitão Rodrigo Dourado desabou no gramado aos 41 e precisou ser substituído por Rodrigo Lindos.
Em meio a um confronto equilibradoPatrick, então, resolveu brilhar. Aos 43, ele recuperou a bola na intermediária e foi deixando a marcação para trás. Levando para o meio deu o toque para Yuri, que fintou a marcação e, na sequência, tirou de Cássio para marcar um golaço. Mas ele estava em impedimento e o que era festa virou frustração outra vez. Frustração e reclamação – bastante – por meio de gritos do presidente Alessandro Barcellos à arbitragem no momento da descida ao vestiário.
Crueldade no fim
Ainda nos movimentos iniciais do segundo tempo, Heitor fez grande jogada pela direita e cruzou na medida para Edenilson, na pequena área. O camisa 8 testou certo, mas Cássio fez um milagre para manter o placar fechado. Se os gols teimavam em não sair no Beira-Rio, Bruno Henrique deixou tudo igual quase no minuto seguinte, no Morumbi, elevando a tensão da noite.
Pouco a pouco, o Inter foi martelando, a partir de uma atuação melhor no segundo tempo. Como injeção de ânimo, Pablo recolou o São Paulo à frente aos 13. Cinco minutos depois, Caio Vidal recebeu na intermediária, clareou a marcação e chutou firme, porém na trave.
O tempo foi passando, e o nervosismo crescendo. Abel, pouco a pouco, foi arriscando. Thiago Galhardo, Abel Hernández, Lucas Mazetti e Peglow entraram, avançando as linhas da equipe, quando, a partir da metade do segundo tempo, por vezes o jogo foi ataque contra defesa. Só que o time paulista também dava suas estocadas. Aos 31, por questão de centímetros Jô não completou para o gol livre, dpeois que a bola já tinha passado por Marcelo Lomba.
Aos 35, depois de escanteio, Lucas Ribeiro testou firme, a centímetros da trave defendida por Cássio. Daí em diante, o nervosismo e o cansaço passaram a pesar, e o Inter, apesar da presença no campo ofensivo, não conseguia criar as chances.
Ainda assim, a equipe lutou até o fim. E, no último minuto, aos 52 do segundo tempo, Edenilson chegou a marcar. Mas ele estava em impedimento. Na sequência, a bola ficou viva no escanteio. Edenilson teve nova chance, mas a bola passou por cima, deixando escapar o título brasileiro.