Decisão sobre Pfizer exige responsabilidade, alega Bolsonaro

Presidente levou vacinas ao Acre e sobrevoou área inundada

Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira, em visita ao Acre, que a decisão envolvendo a aplicação de vacinas da Pfizer contra o coronavírus no Brasil é de “extrema responsabilidade” em razão de exigência do laboratório de assinatura de um termo isentando a empresa de qualquer responsabilidade por efeitos colaterais graves.

Na terça-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu registro definitivo da vacina contra a Covid-19 produzida pela Pfizer e pela Biontech. A negociação com o governo brasileiro para a compra de vacinas iniciada no ano passado, porém, ainda não resultou na aquisição dos imunizantes. O governo já afirmou que considera que a empresa impõe cláusulas abusivas para fechar o negócio.

“É uma coisa de extrema responsabilidade quem tiver por ventura no Brasil tiver que dar a palavra final. Se sou eu como presidente, se é o Parlamento derrubando um possível veto, ou o Supremo Tribunal Federal. Agora, todas as cláusulas serão mostradas à população, para que na ponta da linha todo mundo saiba o que está sendo aplicado”, afirmou.

Na visita ao Acre, Bolsonaro entregou 21,9 mil doses de vacinas e sobrevoou áreas atingidas pelas fortes chuvas. O Acre integra o chamado Fundo Estratégico para a Região Norte, criado pelo governo federal para entregar doses extras de imunizantes aos Estados em pior situação no combate à pandemia.

O fundo fica com 5% de todas as vacinas importadas ou produzidas no país. O restante vai para todos os 27 entes federativos, incluindo os Estados da Região Norte novamente.

Questionado sobre a destinação das doses extras, Pazuello disse que as vacinas atenderão o cronograma do Plano Nacional de Imunização (PNI).