Leite estima que imunização dos grupos de risco da Covid-19 será concluída até abril no RS

Governador comemorou a promessa de aceleração na chegada de doses, feita pelo Ministério da Saúde

Político participou, na quarta-feira (17), de reunião virtual com Eduardo Pazuello. Foto: Itamar Aguiar/Palácio Piratini

A preocupação com o novo aumento no número de casos graves de Covid-19 no Rio Grande do Sul não diminuiu a expectativa do Governo quanto ao impacto da vacinação nos índices da doença já nos próximos meses. O Palácio Piratini aposta em uma aceleração gradativa do processo de imunização até o mês de abril – quando todos os gaúchos dos grupos de risco deverão ter tomado as suas doses.

Em entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba, nesta quinta-feira (18), Eduardo Leite (PSDB) afirmou que saiu com uma boa impressão da reunião virtual com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, realizada na quarta-feira. Conforme o governador, além de indicar a distribuição do quádruplo de doses a partir de março, o chefe da pasta garantiu a abertura do Brasil a todas as fórmulas.

“Isso não significa que os estados devam diminuir os seus esforços, como os que estamos fazendo aqui, na busca por vacinas, mas que há a disposição do Ministério de garantir um volume suficiente de doses para toda a população. Isso, pra mim, foi uma parte bastante importante. Temos a expectativa de que, até o mês de abril, possamos imunizar todo o grupo prioritário”, declarou o político.

A tendência é de que, até o fim do mês, o Governo Federal libere mais oito milhões de imunizantes às unidades federativas – mantendo a mesma média registrada em janeiro. Em março, esse número deve passar de 11 para 46 milhões de doses. Ainda assim, o Rio Grande do Sul admite que o fim da vacinação da população apta (ou seja, acima dos 18 anos) não deve acontecer antes da virada para 2022.

“Tenho um contrato com a população gaúcha”

No âmbito político, Leite permanece como peça central na estratégia do PSDB para as Eleições 2022. O gaúcho, que não pretende concorrer à reeleição, é apontado como a principal alternativa tucana à plataforma do governador de São Paulo, João Doria, que tem atritos com integrantes da legenda. Por isso, o atual chefe do Executivo no Rio Grande do Sul passou a ser tratado como um pré-candidato à presidência da República.

Ainda assim, Eduardo Leite garante que nenhuma decisão será tomada antes do final do ano. “Eu tenho um contrato apenas, e é com a população gaúcha. Agora, é claro, no Rio Grande do Sul, que é um estado com tradição política, população expressiva e economia vibrante, também se impõe ao cargo de governador ajudar a tomarmos melhores rumos, favorecendo também a população gaúcha”, opinou.

O governador considera que, independente de qualquer pretensão política, sua gestão está sendo convidada a se posicionar, nacionalmente, em razão dos parâmetros que definiu como prioridade desde 2018. Conforme o tucano, o Rio Grande do Sul se consolidou como um estado onde prevalece o diálogo, a democracia, o respeito às instituições e a melhora no panorama econômico.

“Passada a eleição municipal e do Congresso, o próximo pleito que se avizinha é o de 2022. Então, começam a se fazer as especulações, definirem estratégias e tudo o mais. Antes de mais nada, me sinto honrado em ser lembrado, nacionalmente, como alguém que pode contribuir. Seja em que função venha a ser definida. Seja para uma eventual candidatura, ou para participar com a forma com que estamos fazendo política”, concluiu Leite.