O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse, nesta quinta-feira, durante encontro com os senadores, que toda a população brasileira vai ser imunizada ainda neste ano contra a Covid-19.
“Vamos vacinar o país em 2021: 50% até junho, 50% até dezembro da população ‘vacinável’ – menores de 18 anos, por exemplo, não estão sendo vacinados. Esse é nosso desafio. É o que estamos buscando, vamos fazer”, disse Pazuello.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que a reunião pode ser decisiva para a abertura de uma CPI sobre a atuação do governo federal na pandemia do coronavírus.
A versão mais recente do plano nacional de imunização, de 29 de janeiro, não aponta um prazo para a vacinação da população. A primeira edição, lançada em 16 de dezembro, previa imunizar grupos prioritários até a metade do ano e o restante da população nos 12 meses seguintes, ou seja, até a metade de 2022.
No ritmo em que a vacinação contra a Covid-19 vem sendo conduzida, o país pode levar mais de quatro anos para ter toda a população imunizada. O cálculo é do microbiologista da Universidade de São Paulo Luiz Gustavo de Almeida. Ele lembrou que, durante a campanha de vacinação contra a gripe, em março do ano passado, já em plena pandemia do novo coronavírus, eram vacinadas até um milhão de pessoas por dia. Atualmente, a média de imunizações diárias é de um quinto disso (200 mil pessoas).
O encontro com os senadores também ocorre no momento em que Pazuello é investigado no Supremo Tribunal Federal por suposta omissão para evitar o colapso de saúde em Manaus (AM). Com estoques de cilindros zerados em algumas unidades de saúde, pessoas morreram por asfixia e outras precisaram ser transferidas para receber atendimento médico em outras regiões do país. No último dia 4, o general prestou depoimento à Polícia Federal nesse mesmo inquérito.