Chegam ao Rio insumos para Fiocruz produzir vacina de Oxford

Matéria-prima do imunizante será utilizada para fabricação de 2,8 milhões de novas doses da vacina

Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebeu, no fim da tarde deste sábado, o lote da China com os insumos necessários para a producão das primeiras doses da vacina contra covid-19 na unidade de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro. Segundo o instituto, as primeiras 15 milhões de doses da vacina, desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca, começarão a ser entregues a partir de 15 de março.

O primeiro lote de IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) saiu de Xangai sexta-feira e chegou ao país pelo aeroporto internacional do Rio de Janeiro. São cerca de 90 litros armazenados a -55ºC, suficientes para a produção de 2,8 milhões de doses. Estão previstos mais dois lotes em fevereiro, para os dias 23 e 28, e até junho serão enviados um total de 14.

A partir do recebimento desses insumos, a primeira entrega, com 1 milhão de doses, deverá ocorrer na semana de 15 a 19 de março, ao Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde. Apesar de ajustes no início do cronograma, a fundação decidiu escalonar a produção ao longo dos primeiros meses para manter a meta de 100,4 milhões de doses até julho deste ano.

Durante os primeiros meses de produção, vacinas prontas vão continuar sendo importadas para não sobrecarregar. Em abril, a planta industrial do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) estará pronta para iniciar a incorporação tecnológica para a produção nacional de IFA. A previsão é de que a validação dos processos esteja concluída em julho.