Fiocruz recebe no sábado insumos para produzir vacina de Oxford

Fábrica de Bio-Manguinhos está parada aguardando chegada de matéria prima da China para início da fabricação do imunizante

Foto: Divulgação/Fiocruz

Os insumos da AstraZeneca necessários para a Fiocruz produzir as primeiras doses da vacina contra a Covid-19 de Oxford na unidade de Bio-Manguinhos, no Rio de Janeiro, chegarão da China no sábado, informou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira. O voo parte de Xangai na sexta-feira e deve chegar ao aeroporto do Galeão, no Rio, às 17h50min do dia seguinte, de acordo com a pasta.

A matéria-prima, fabricada na WuXi Biologics, até então não tinha data prevista para o envio ao Brasil. A Fiocruz teve, inclusive, que rever o calendário de entrega das primeiras doses devido ao atraso. A fábrica de Bio-Manguinhos já está preparada para o envase de cerca de 15 milhões de doses por mês, mas depende do IFA (ingrediente farmacêutico ativo).

Os planos da Fiocruz, no entanto, permanecem sendo de entregar ao Ministério da Saúde 100,4 milhões de doses até o fim do primeiro semestre. Ainda neste mês, o Ministério da Saúde deve começar a receber 10,6 milhões de doses prontas da vacina de Oxford por meio do consórcio Covax Facility. O país fechou contrato para 42,5 milhões de doses.

Eficácia de 82,4%
Nesta semana, a Universidade de Oxford divulgou novos dados sobre a vacina. A taxa de proteção atingida três semanas após a primeira dose chega a 76%, e a 82,4% com a segunda dose em 90 dias. Além disso, os estudos mostraram que a vacina é capaz de reduzir em 67% a transmissibilidade do coronavírus entre as pessoas.

Os cientistas vão agora aprofundar as pesquisas para saber a resposta do imunizante contra novas cepas do vírus, como as encontradas no Reino Unido, África do Sul e Brasil.