O deputado Ernani Polo (PP) deixou a presidência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (3). O parlamentar, que assumiu o cargo a um ano sob a bandeira do incentivo à competitividade no Estado, aproveitou o discurso de despedida para valorizar o trabalho da Casa em meio às dificuldades impostas pela pandemia.
Polo lembrou que, mesmo durante o período mais restritivo imposto pela Covid-19, a Assembleia seguiu atuante – e passou apenas um curto período de tempo sem realizar sessões. Para o progressista, as inovações impostas no período – como o regime híbrido das votações – vieram para ficar, e demonstram a força do Legislativo.
“Agimos com responsabilidade, procurando sempre o equilíbrio. Preservando a vida e a saúde em primeiro lugar. Mas não sem construir alternativas para quem precisa de trabalho, de renda para viver. Justamente porque isso também é vida. A Assembleia, pelo trabalho e dedicação de cada um, honrou a sua história”, declarou o deputado.
O ex-presidente da Casa voltou a pedir a ampliação do debate acerca do protagonismo gaúcho frente a outros estados. Em um balanço de sua gestão à frente da Assembleia, Ernani Polo disse que o Legislativo deixou de olhar apenas para si mesmo, buscando exemplos externos para ajudar o Rio Grande do Sul a superar a crise.
“A modernização do setor público, a desburocratização, concessões e parcerias público-privadas são uma realidade sem volta. Nossa Assembleia mostrou atitude nesta direção. Precisamos adotar uma postura mais arrojada, mais veloz, mais focada no desenvolvimento. O agronegócio e a indústria foram setores pioneiros”, opinou.
Polo exerceu, por dois dias, o cargo de governador
Formado em direito pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), Ernani Polo assumiu, em 2010, uma das cadeiras na bancada do Progressistas como suplente. O parlamentar foi eleito em 2014, e reeleito em 2018 com 67,2 mil votos – sendo o 8º mais popular da Casa, e 2º do partido.
Durante sua passagem na presidência da Assembleia Legislativa, foi classificado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) como um importante aliado na tramitação dos projetos enviados pelo Executivo à Casa. No último mês de gestão, chegou a assumir a chefia do Palácio Piratini durante a ausência de Leite e do vice, Ranolfo Vieira Júnior.