A justiça do trabalho determinou, no início da noite desta terça-feira, que os rodoviários de Canoas voltem às atividades com 55% da frota, pelo fato de prestarem serviço essencial à população. A categoria entrou em greve em 23 de dezembro e vai seguir paralisada até, pelo menos, 5 de janeiro. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Canoas (Sitrocan), Marcelo Nunes, que participou de duas audiências de mediação com o Ministério Público nesta terça, a entidade vai acatar a determinação judicial.
Da frota atual, que conta com 68 veículos e outros nove de reserva, devem circular 38, com cinco de reserva. A desembargadora federal Carmen Izabel Centena Gonzalez, vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), estabeleceu que 22 ônibus devem ter cobradores e 53 não necessariamente, totalizando 75 tabelas horárias ao dia. O prazo imposto é de quatro horas para a retomada da circulação a contar da ciência da decisão, sob pena de multa diária de R$ 5 mil.
A categoria reivindica o pagamento do vencimento de novembro, além do 13º salário integral, de horas extras, parte do vale-alimentação e férias. Ainda na semana passada, a prefeitura chegou a viabilizar R$ 200 mil para a retomada do serviço com a compra de passagens para famílias beneficiadas no programa auxílio transporte social. A ação, no entanto, não impediu a greve, já que o recurso não era suficiente para cobrir as exigências da categoria.