Em novembro, o preço da cesta básica subiu em 16 das 17 capitais brasileiras analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Recife foi a única capital onde o custo da cesta caiu (-1,3%).
As maiores altas foram observadas em Brasília, 17,05%; Campo Grande, 13,26%; e Vitória, 9,72%.
Segundo o Dieese, o arroz, o óleo de soja, a carne, o tomate e a batata tiveram alta expressiva na maioria das cidades.
A cesta básica mais cara do país é a do Rio de Janeiro, onde custou, em média, R$ 629,63 em novembro. A cesta mais barata foi encontrada em Aracaju, com custo médio de R$ 451,32.
Em Porto Alegre, a cesta fechou novembro em alta de 6,13%. O conjunto de alimentos passou a custar R$ 617,03 – o terceiro maior valor do País.
Na capital gaúcha, o produto com maior redução em novembro, em relação a outubro, foi o leite (3,21%). Em seguida, na lista dos produtos que baixaram o preço, vem o café (2,24%) e o pão (0,52%). Na contramão dos três produtos, os itens em alta que puxaram o valor total da cesta foram: a batata (43,96%), a carne (9,36%), o óleo de soja (7,59%), o tomate (3,40%), o açúcar (2,68%), a banana (2,31%), o feijão (2,19%), o arroz (2,12%) e a farinha de trigo (0,68%).
Com base no preço da cesta básica mais cara observada pela pesquisa, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, chegou a R$ 5.289,53 em novembro – o que corresponde a 5,06 vezes o mínimo atual, de R$ 1.045.
Por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a coleta de dados pelo Dieese, na maior parte das capitais analisadas, vem sendo feita virtualmente.