RJ cede terreno para construir maior fábrica de vacinas da América Latina

Com investimento de R$ 3,4 bilhões, expectativa é a de aumentar em até quatro vezes a capacidade de produção de vacinas e biofármacos do país

Foto: Governo do Estado do Rio de Janeiro/Divulgação

Uma cerimônia oficial nesta quinta-feira marcou a assinatura da escritura do terreno onde vai ser instalado o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS) da Fiocruz, no bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. Com investimento de R$ 3,4 bilhões, o empreendimento deve ser o maior centro de produção de produtos biológicos da América Latina.

A expectativa é a de aumentar em até quatro vezes a capacidade brasileira de produção de vacinas e biofármacos, conforme a Fundação. O Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, que abrange uma área de aproximadamente 580 mil m², vai ter capacidade estimada de produção de 120 milhões de frascos por ano, de acordo com informações do Ministério da Saúde.

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que a construção representa um importante reforço para o Programa Nacional de Imunização. “Estamos vendo nascer o maior centro de produtos biológicos da América Latina. O Brasil terá mais um grande centro estratégico para reforçar o PNI e garantir que mais vacinas cheguem a todos”, declarou.

Também participaram do evento o governador em exercício do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.

Complexo terá nove prédios

O complexo deve ter nove prédios, englobando processamento final, embalagem, armazém de matéria-prima, armazém de produto acabado, controle e garantia da qualidade, utilidades em geral, e centrais de tratamento de resíduos e efluentes.

A nova planta pode viabilizar a produção de novas vacinas, como a dupla viral (sarampo e rubéola) e a meningocócica C, que se encontra em estágio avançado de estudos de fases II/III, além de novas apresentações de vacinas do portfólio do Instituto (número de doses/frasco) para atender a diferentes necessidades do SUS.

A Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin) cedeu o terreno.