A rede de hoteis e restaurantes do Litoral Norte foi pega de surpresa com a intensidade do movimento na região desde a sexta-feira (9), quando teve início o deslocamento de turistas por causa do feriado de Nossa Senhora da Aparecida. De acordo com o setor, o número de pessoas nas praias é equivalente à média registrada no Réveillon.
Mesmo autorizadas pelo Governo do Estado a operar com 75% da capacidade total, as pousadas ainda oferecem 60% dos quartos disponíveis. Todos foram locados – a um preço médio de R$ 180 por dia. Com isso, é grande a expectativa de que a data sirva para dar fôlego ao caixa dos estabelecimentos.
“Se nós tivéssemos o dobro de apartamentos disponíveis, tínhamos alugado todos. No meu ponto de vista, a hotelaria não tem a necessidade de restrição no número de apartamentos, já que todos os quartos são individuais”, opina a presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurante, Bares e Similares do Litoral Norte, Ivone Ferraz.
Segundo o setor, os empresários não acumularam grandes prejuízos ao longo do período mais restritivo da quarentena. Isso porque os primeiros casos de Covid-19 no Rio Grande do Sul apareceram após o fim da alta temporada nas praias, quando boa parte dos estabelecimentos já costuma fechar as portas.
“30% dos hoteis e restaurantes deixam de funcionar nessa época. O último verão não teve um movimento excelente, mas deu margem para que os negócios continuassem sustentáveis. A gente sofreu, mas não tanto quanto as outras regiões”, relata Ivone, que considera que o principal problema na região foi o cancelamento dos eventos.
Protocolos
Além da redução no número de vagas, os hoteis do Litoral Norte gaúcho adotaram uma série de protocolos para garantir o distanciamento dos clientes nas áreas comuns. As piscinas, por exemplo, só podem ser usadas com hora marcada. Já o café da manhã acontece de forma escalonada, para os apartamentos de um andar de cada vez.
