Vacaria acolhe restrições da bandeira vermelha após decisão judicial

Amadeu Boeira adverte que restrição do comércio vai resultar em "calamidade de fome" na cidade

Foto: Guilherme Almeida/CP

O prefeito de Vacaria, Amadeu Boeira (PSDB), garantiu, na tarde desta sexta-feira, que medidas mais restritivas ao comércio passaram a ser adotadas, hoje, no município após o Tribunal de Justiça ter negado um recurso para reverter, de vermelha para laranja, a bandeira de risco do modelo de distanciamento que busca conter o avanço da Covid-19. O objetivo é evitar um colapso na rede de saúde. Na Serra, a cor vermelha vale para 50 cidades.

No despacho, o desembargador Antônio Maria Rodrigues de Freitas Iserhard, considerou que, apesar da competência do prefeito de legislar sobre assuntos locais, as medidas de enfrentamento à Covid-19 não possuem caráter local.

Contrário à medida, Boeira ingressou na Justiça a fim de manter o regramento mais brando da bandeira laranja, que denota risco médio. O prefeito ressaltou que decisão judicial se cumpre, mas disse que vai seguir trabalhando para reverter o regramento.

“Recebemos a notificação para nos adequarmos em 48 horas. Nesta tarde, o município já está com a bandeira vermelha, mas vamos seguir passando os dados para que voltemos à bandeira laranja e que nossas empresas e industrias não venham a fechar. Senão, vamos entrar em estado de calamidade, de fome”, disse, durante entrevista ao programa Guaíba News.

Amadeu Boeira informou, na tarde de hoje, havia oito pacientes internados com suspeita de Covid-19 no hospital da cidade, nenhum deles em UTI. A plataforma de acompanhando de dados do governo estadual mostra, contudo, que dos dez leitos de UTI disponíveis, há quatro ocupados, conforme a ultima atualização do fim da tarde. Desde o surto da pandemia, o prefeito ressaltou que mais de R$ 5 milhões foram empenhados para o enfrentamento da doença após repasses vindos, em maioria, do governo federal.