Autoridades e especialistas em saúde participaram de uma reunião virtual, nesta terça, para discutir a necessidade de adiamento das eleições municipais de 2020 em razão da pandemia de Covid-19.
Entre os participantes, houve um consenso pelo adiamento do pleito por algumas semanas, garantindo que seja realizada ainda este ano, em data a ser definida pelo Congresso Nacional com base em uma janela que varia entre os dias 15 de novembro e 20 de dezembro.
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o ideal é que essa definição seja feita até o dia 30 de junho, em virtude do calendário eleitoral. A palavra final vai ser do Legislativo.
A discussão contou também com a participação do vice-presidente da Corte, Edson Fachin, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e de médicos e cientistas como David Uip, Clovis Arns da Cunha e Atila Iamarino.
O médico David Uip, por exemplo, sugeriu horários estendidos para a votação, definição de horários específicos para população vulnerável, treinamento e simulação sobre medidas de higiene para todos que vão trabalhar.
Barroso falou da possibilidade de criação de uma cartilha de orientação para eleitores e mesários sobre como se comportar no dia da votação. Outra possibilidade estudada é a suspensão da identificação do eleitor por meio da biometria, para diminuir o contato físico.
Além disso, o presidente do TSE lembrou que realizar a votação em dois dias, um sábado e um domingo, por exemplo, implica em um gasto extra de cerca de R$ 180 milhões. Os custos são relativos a alimentação de mesários e atuação de militares para garantir a segurança das urnas nos locais de votação de um dia para outro, por exemplo.