Complexo da GM, em Gravataí, abriga oficina para recuperação de respiradores no RS

Governo do RS já localizou 76 aparelhos danificados em 313 hospitais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS)

Foto: SENAI-RS/ Divulgação

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e dez grandes indústrias se uniram para realizar a manutenção de respiradores mecânicos que estão sem uso, a fim de ajudar no tratamento de pacientes com a Covid-19. A rede voluntária conta com 25 pontos para receber os equipamentos, a partir desta semana, dos quais dez são unidades do Senai e 15 estão em plantas das seguintes empresas: ArcelorMittal, Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Ford, General Motors, Honda, Jaguar Land Rover, Renault, Scania, Toyota e Vale.

No Rio Grande do Sul, o Senai está conduzindo a ação juntamente com a General Motors. É na planta da GM, em Gravataí, que está montada a oficina para a recuperação dos aparelhos. “Já estamos em ação. Além das atividades de manutenção, estamos mapeando e buscando respiradores na rede de saúde, articulados com outras importantes iniciativas”, explica o gerente do Instituto, Victor Gomes.

Conforme o governo gaúcho, até o momento, foram mapeados 76 aparelhos danificados em 313 hospitais da rede do Sistema Único de Saúde (SUS). Todos já estão recebendo reparos.

Além do RS, outros 12 estados possuem ações semelhantes. São ele: Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte , Santa Catarina e São Paulo.

No momento, mais de 3,6 mil ventiladores pulmonares estão fora de operação no Brasil, seja porque foram descartados ou têm necessidade de manutenção, de acordo com a LifesHub Analytics e a Associação Catarinense de Medicina (ACM). Segundo os dados, existem 65.235 desses equipamentos no país, sendo 17.837 na rede privada e 47.398 no Sistema Único de Saúde (SUS). Os respiradores mecânicos são essenciais no tratamento de doentes que apresentam sintomas graves da Covid-19, pois a Síndrome Respiratória Aguda Grave é um dos efeitos mais sérios da doença. A estimativa é que cada ventilador recuperado poderá atender até dez pessoas.