Sem definição sobre fim de greve, CPERS leva proposta do governo à assembleia

CPERS irá discutir fim da greve em assembleia com a categoria | Foto: Gustavo Chagas/Rádio Guaíba
CPERS irá discutir fim da greve em assembleia com a categoria | Foto: Gustavo Chagas/Rádio Guaíba

O governo do Estado apresentou, nesta quarta-feira, sua contraproposta às demandas dos professores que estão em greve há 51 dias. A categoria pedia o fim do corte de ponto para voltar ao trabalho. Em reunião no Centro Administrativo, o secretário da Educação propôs o pagamento do período sem atividade em até cinco dias úteis, através de uma folha suplementar. O valor, no entanto, será descontado dos contracheques dos servidores nos próximos meses de modo escalonado. O CPERS vai encaminhar a proposta para discussão da categoria em assembleia geral. Até lá, os professores seguem em greve.

Contraproposta e decisão da categoria

O secretário da Educação explicou que o método de negociação foi adotado com outras categorias em greve. Faisal Karam apontou que a proposta tem como objetivo garantir a retomada das aulas. “É uma forma da gente, após a conclusão do ano letivo dos alunos, de nós podermos vir a sentar com o sindicato e discutir a recuperação referente aos dias descontados”, sustentou.

Segundo a presidente do sindicato, Helenir Schürer, a oferta do governo não é satisfatória. “Não é a proposta que a categoria nos autorizou a aceitar; para isso, nós vamos chamar uma nova assembleia”, afirmou.

Ano letivo de 2020

Com a resposta do governo, o CPERS colocou em xeque o início do ano letivo de 2020. Helenir Schürer acredita que, com o desconto, os professores podem articular uma nova greve. “É muito difícil… A categoria, eu tenho certeza, dificilmente aceitará um desconto”, observou a presidente do sindicato.

O secretário da Educação, por outro lado, prevê o reinício das aulas a partir de 19 de fevereiro nas escolas que encerraram o ano letivo dentro do prazo. As demais escolas, segundo Faisal Karam, vão voltar a funcionar após as férias dos professores. “Essas, provavelmente, comecem com 12 e 15 de atraso em relação à data de 19 de fevereiro”, concluiu.