Taxa de desemprego fica em 11,2% no trimestre encerrado em novembro, diz IBGE

Instituto ainda mostra que 23,3% dos empregados estão subutilizados

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em novembro ficou em 11,2%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, o registro é de queda de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre junho a agosto. Os dados foram divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira. O Brasil tem 11,9 milhões de pessoas sem trabalho.

Quanto à renda, a média real do trabalhador foi de R$ 2.332 no trimestre encerrado em novembro. O resultado representa alta de 1,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. A renda paga aos ocupados somou R$ 215 bilhões no trimestre até novembro, alta de 3% ante igual período do ano anterior.

O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, incluindo trabalhadores domésticos, chegou a 33,4 milhões e cresceu em ambas as comparações. Houve incremento de 1,1% – ou seja, mais 378 mil pessoas com registro – em relação ao trimestre móvel anterior e 1,6% (mais 516 mil pessoas) contra o mesmo trimestre de 2018.

Já a categoria dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (11,8 milhões de pessoas) ficou estatisticamente estável em ambas as comparações.

O número de trabalhadores por conta própria registrou novo recorde e chegou a 24,6 milhões de pessoas. O crescimento ocorreu nas duas comparações: 1,2% (mais 303 mil pessoas) frente ao trimestre móvel anterior e 3,6% (mais 861 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2018.

Desalentados e subutilizados

A população subutilizada caiu 4,2% (menos 1,179 milhão de pessoas), frente ao trimestre móvel anterior. Conforme o IBGE, são 26,6 milhões de pessoas que poderiam estar trabalhando mais horas ou mais dias por semana.

Já a população desalentada ficou estatisticamente estável em ambas as comparações, assim como o percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada (4,2%). São 4,7 milhões de brasileiros que desistiram de procurar trabalho. Na prática, é uma população que potencialmente poderia estar trabalhando, mas desistiu de procurar vagas seja por não ter experiência profissional, ou ser considerado jovem ou idoso demais ou por acreditar que não havia trabalho em sua localidade.