Quase 15 caravanas do Interior já confirmaram presença na Parada Livre, no domingo, em Porto Alegre

Deputado federal David Miranda (PSol-RJ) participa do evento, no Parque da Redenção

Foto: Samuel Maciel / CP Memória

Caravanas de quase 15 municípios gaúchos já confirmaram presença na 23ª edição da Parada Livre, que ocorre a partir das 14h de domingo, no Parque da Redenção, em Porto Alegre. Com o tema “Sem vergonha de ser quem somos”, o evento marca também os 50 anos do Levante do bar Stonewall Inn, em Nova Iorque, nos Estados Unidos – uma das mais conhecidas manifestações do movimento em prol da diversidade sexual e de gênero. Ônibus vindos de Pelotas. Santa Maria, Caxias do Sul, Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Farroupilha, Lajedo, Taquara, Passo Fundo, São Leopoldo, Passo Fundo, Cruz Alta e Montenegro, entre outras cidades.

As apresentações, que ocorrem antes e depois de um desfile de trios elétricos no entorno da Redenção, devem se estender até as 22h. Em 2018, o evento reuniu cerca de 80 mil pessoas.

O deputado federal David Miranda (PSol-RJ), marido do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, participa da Parada Livre, no domingo. De acordo com um dos organizadores, o representante do grupo Nuances, Célio Golin, por enquanto Miranda é o único parlamentar de fora do Rio Grande do Sul a ter a presença confirmada no parque.

Em reunião durante a semana, o coletivo de cerca de 20 movimentos e entidades que organiza a Parada Livre aceitou a sugestão de que a Prefeitura de Porto Alegre conste como apoiadora do evento, a fim de que não sejam cobradas taxas de uso do Parque da Redenção.

Apesar do acerto, a logomarca da Prefeitura não deve ser exposta durante o desfile e nenhum representante municipal deve se manifestar em meio às apresentações. O coletivo fica isento, com isso, de pagar à Secretaria do Meio Ambiente e da Sustentabilidade (Smams) e ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) taxas de R$ 10 mil a R$ 20 mil pela utilização do espaço.

É a segunda vez que a cobrança ocorre mas, no ano passado, a Prefeitura isentou o evento de pagar pelo uso do parque. O impasse, agora, se deu em função da necessidade de patrocínio privado para tirar a programação do papel. Nenhum artista recebe cachê, mas o coletivo precisa arcar com a estrutura de palco, banheiros químicos e sonorização, por exemplo. Desde o início da gestão atual, em 2017, a Parada – assim como outros eventos tradicionais da cidade – deixaram de receber aportes em verba pública.

Ate então, a Parada nunca havia se vinculado a marcas comerciais, o que em 2018 permitiu a isenção legal das taxas de utilização. Desta vez, porém, os grupos declararam, no processo, que o aplicativo 99 vai apoiar o evento. Conforme a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, legalmente, para isenção de taxas, não é permitido que os patrocinadores ou apoiadores sejam exclusivamente privados, o que gerou a cobrança automática.