Depois de uma queda ontem, a moeda norte-americana voltou a subir nesta sexta-feira. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,241, com alta de R$ 0,025 (+0,58%). Em valores nominais, desconsiderando a inflação, a cotação atingiu o segundo maior nível desde a criação do real.
Com a alta de hoje, o dólar fechou novembro com alta de 5,77%. Apenas nesta semana, a divisa acumulou valorização de 1,14%.
Diferentemente dos últimos dias, hoje o Banco Central (BC) não interveio no câmbio. O órgão, no entanto, anunciou a venda de até US$ 500 milhões das reservas internacionais no mercado à vista na segunda-feira.
No mercado de ações, o dia foi de oscilações. O índice Ibovespa, da B3, chegou a operar em alta durante a manhã, mas fechou o dia em baixa de 0,05%, aos 108.239 pontos. O indicador, que chegou a bater recorde no último dia 7 e aproximou-se dos 110 mil pontos, encerrou novembro com alta de 0,95%.
Além de tensões políticas no Brasil, o mercado financeiro foi influenciado por vários fatores em novembro. A venda pelos lances mínimos dos barris excedentes da cessão onerosa de dois campos do pré-sal e a não venda de outros dois campos levou o dólar a subir e a bolsa a cair no início do mês. Nas semanas seguintes, o agravamento da turbulência política na América Latina e a indefinição sobre o fechamento de um acordo comercial entre Estados Unidos e China pressionaram o dólar em todo o planeta.
Nesta semana, a divulgação de indicadores positivos no mercado de trabalho norte-americano reduziu as perspectivas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos. Juros mais altos nas economias avançadas promovem fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil.