Acordo busca qualificar dados sobre casos de intoxicação por agrotóxicos no RS

Hoje, não existem, no Brasil e no Rio Grande do Sul, levantamentos sobre o efetivo número de ocorrências, que pode até 50 vezes maior

Foto: Divulgação/Univali agrotoxico
Foto: Divulgação/Univali

Entidades estaduais e federais assinaram, nesta quinta-feira, um Acordo de Cooperação Interinstitucional para ampliar e qualificar as notificações de intoxicações por agrotóxicos no Rio Grande do Sul. Hoje, não existem, no Brasil e em nível estadual, dados sobre o efetivo número de intoxicações por agrotóxicos na alimentação. Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) dá conta de que, para cada caso registrado, existem outros 50 não notificados, o que preocupa as autoridades.

Conforme o presidente do Conselho Regional de Medicina do RS (Cremers), Eduardo Trindade, o acordo busca identificar os casos, fazendo um amplo levantamento, para que se possa estabelecer políticas públicas com base em evidências. “A gente só consegue estabelecer políticas públicas adequadas quando se consegue quantificar esse problema. Vamos buscar dados na sociedade pra quantificar este problema, para ver se realmente existe e o quanto existe”, explicou Trindade.

Entre os órgãos, os ministério públicos Federal, Estadual e do Trabalho, os conselhos regionais de Medicina e de Enfermagem do RS, a Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs) e o Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos (FGCIA).