Rio: peça levada por peritos pode apontar causa de incêndio em hospital

Até agora foram confirmadas 14 mortes

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli voltaram hoje ao Hospital Badim e levaram uma peça do gerador, que pode ser importante para a conclusão do laudo que vai apontar as causas do incêndio no prédio do hospital, ocorrido na quinta-feira passada. O equipamento fica no subsolo do prédio, suposto local do início do fogo e onde há quatro tanques com capacidade para armazenar 250 litros de óleo diesel cada. O hospital não informou se os quatro depósitos tinham capacidade máxima de óleo.

A Polícia Civil sabe que o hospital fazia uso do gerador, mesmo sem falta de energia na região do Maracanã, como forma de economizar na conta de luz, porque o uso do gerador movido a óleo diesel é bem mais barato. Os peritos vão analisar se o uso do equipamento com maior frequência pode ter determinado o curto-circuito que gerou o incêndio no prédio, com o desprendimento de rolos de fumaça tóxica, que se espalharam por todos os andares do prédio e atingiram rapidamente o Centro de Tratamento Intensivo (CTI).

Mais duas mortes
Na madrugada desta terça-feira, Áurea Martins de Oliveira, de 87 anos, vítima do incêndio no Hospital Badim, morreu no Hospital Samaritano, em Botafogo. Mais tarde, no Hospital Israelita Albert Sabin, no bairro do Maracanã, morreu uma mulher de 98 anos, ainda não identificada, também vítima do incêndio. Até agora foram confirmadas 14 mortes.

A direção do Hospital Badim informou que mais sete pacientes que permaneciam internados receberam alta hoje. Ao todo, 43 pacientes seguem em unidades de saúde do Rio de Janeiro.

De acordo com a assessoria do hospital, “a maior parte das pessoas está internada para a continuidade do tratamento das patologias que motivaram suas admissões no Hospital Badim e não por conta da inalação de fumaça”.