Argentina pede mais prazo para pagar dívidas ao FMI

País acumula dívida de US$ 56 bilhões

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Foto: Governo da Argentina

O governo da Argentina decidiu pedir a extensão de prazos de pagamento da dívida de US$ 56 bilhões, previsto para começar em 2021, e renegociar o saldo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Conforme o jornal argentino Clarín, o anúncio, na tarde desta quarta-feira, coube ao ministro da Fazenda, Hernán Lacunza, que assumiu o cargo na semana passada.

Lacunza apresentou quatro medidas determinadas pelo presidente Mauricio Macri, com o objetivo de “resolver o problema de curto prazo para a estabilidade eleitoral, e também a médio e longo prazo para não deixar um problema, seja ele ou outro o [futuro] presidente”.

A ordem de Macri, conforme o ministro, é clara: “Que o dólar e a inflação não subam mais, que já são altos demais em relação aos salários dos argentinos”.

O ministro estimou que as conversas podem começar no mandato do atual presidente Maurício Macri, mas terminar apenas no próximo governo, que toma posse em 10 de dezembro.

Uma delegação do FMI visitou a Argentina nesta semana e se reuniu com autoridades do governo e também com o candidato da oposição à Presidência, Alberto Fernández.

Entenda

Os mercados argentinos vêm sofrendo quedas sucessivas desde que as eleições primárias de 11 de agosto revelaram que o presidente Maurício Macri conta com pouco apoio popular na campanha por um segundo mandato nas eleições gerais de outubro. Por larga margem, as primárias apontaram a vitória de Fernández, candidato de oposição, de centro-esquerda.