O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, condenou, nesta terça-feira, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral a mais 18 anos de prisão. Na decisão, Bretas avaliou a participação de Cabral na lavagem de mais de R$ 8 milhões por meio de empresas do Grupo Dirija. Com essa condenação, a pena do ex-governador chega a 233 anos e 11 meses de prisão, conforme o jornal O Estado de S.Paulo.
Ao acolher a denúncia, que é resultado das Operações Calicute, Eficiência e Mascate, desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, Bretas considerou que Sérgio Cabral participou de 212 atos de lavagem de dinheiro com transferências realizadas por empresas do grupo Dirija para outras três companhias – GRALC Consultoria (LRG Agropecuária), Falci Castro Advogados e Consultoria e SFB Apoio Administrativo. Os repasses aconteceram entre 2007 e 2014, registra a decisão. Trata-se da décima condenação de Cabral na primeira instância. Preso desde novembro de 2016, o ex-governador é réu em 29 processos.
O magistrado condenou ainda mais seis pessoas. Controladores de empresas do Grupo Dirija tiveram suas penas substituídas por prestação de serviços à comunidade em razão dos acordos de delação que fecharam com o Ministério Público Federal.
Na mesma decisão, Bretas absolveu o ex-governador de envolvimento em ato de lavagem de dinheiro relacionado à venda de um apartamento na Barra da Tijuca.
Defesa
“A defesa vai recorrer, em especial por discordar da participação do ex-governador nesse caso e a pena aplicada”, confirmaram os advogados de Cabral, também ao Estadão.