Horas depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticar duramente o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) para a reforma da Previdência, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebateu as críticas e defendeu o texto, ressaltando que o Parlamento “blindou” a reforma das crises geradas pelo poder Executivo, como a desta sexta-feira. As informações foram publicadas pelo jornal O Estado de S.Paulo.
“O governo é uma usina de crises”, disse. E destacou: “Vamos aprovar a reforma da Previdência. Nós blindamos a reforma das crises que são geradas todos os dias pelo governo. Cada dia um ministério gerando uma crise. Hoje infelizmente foi meu amigo Paulo Guedes, numa crise desnecessária, num momento em que o Parlamento assumiu a responsabilidade pela reforma.”
Ainda de acordo com o Estadão, Maia disse que a Câmara quer garantir uma economia fiscal de R$ 900 bilhões em 10 anos. O deputado falou a jornalistas após ter convocado uma coletiva de imprensa de última hora. Ele deixou um evento em São Paulo para conversar com a imprensa. Para o presidente da Câmara, Guedes não está sendo justo com o Parlamento, que vem “comandando sozinho a articulação pela aprovação da reforma”.
“Se dependêssemos da articulação do governo, teríamos 50 votos, e não a possibilidade de ter 350, como temos hoje”, afirmou. Maia disse que é muito triste ver o ministro Paulo Guedes dando as declarações que deu hoje. “Na democracia, a coisa mais bonita é respeitar o adversário. E nisso o Guedes falhou”, afirmou.