Os professores da rede estadual paralisam as atividades nesta quinta-feira em protesto ao atraso no pagamento dos salários dos servidores públicos vinculados ao Poder Executivo. Na manhã de hoje, os docentes fizeram um ato na Praça Piratini, em frente ao Colégio Júlio de Castilhos, localizado em Porto Alegre e um dos maiores do Rio Grande do Sul.
Em assembleia do Cpers-Sindicato realizada em abril, a categoria já havia decidido que suspenderia as atividades por um dia em cada mês em que as remunerações não forem pagas no último dia útil. Na segunda-feira passada (30), o governo do Estado pagou apenas os servidores com salário líquido de até R$ 1,1 mil.
Segundo o diretor do Cpers, Daniel Damiani, a paralisação é para chamar a atenção da sociedade sobre a situação de miserabilidade da categoria.
De acordo com as direções dos 38º e 39º núcleos do Sindicato, que abrangem a Capital, a paralisação atinge de 50% a 70% das escolas. A Secretaria Estadual de Educação ainda não tem um balanço dos colégios que não abriram ou abriram parcialmente.
Professores da rede estadual paralisam as atividades nesta quinta-feira (02). Eles protestam contra o atraso nos salários e pedem reposição. O 38° núcleo do @Cpersoficial estima que de 50% a 70% dos professores cruzaram os braços hoje.@RdGuaibaOficial pic.twitter.com/qylEyAIJiq
— Carlos Machado (@_carlos_machado) May 2, 2019
Reajuste também está na pauta
Atualmente, o piso nacional do magistério é de R$ 2,5 mil para uma jornada de 40 horas semanais. No RS, o governo estadual paga R$ 1,3 mil para a mesma carga horária. Uma defasagem de quase R$ 1,2 mil.
A questão salarial também está na pauta de reivindicações do magistério, que quer reposição salarial de 28,78% e realização de concurso público para professores e funcionários de escola.