O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (1º), que não há derrota do líder da oposição venezuelana e autoproclamado presidente do país, Juan Guaidó.
Ontem, Guaidó anunciou que tinha apoio de militares para derrubar o governo de Nicolás Maduro no país e convocou protestos em diversas cidades. Houve confrontos e dezenas de feridos.
No entanto, à noite, Maduro apareceu em rede nacional de TV alegando ter contido o que chamou de tentativa de golpe e reforçou o apoio dos comandantes das Forças Armadas ao seu regime.
Em conversa com jornalistas ao lado do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, em Brasília, Bolsonaro expressou preocupação com os reflexos da crise venezuelana no Brasil por conta de seus impactos na produção de petróleo e no fornecimento de energia para Roraima.
Sem dar detalhes, Bolsonaro citou a prática de reajustes de preços praticada pela Petrobras e afirmou que irá conversar com a estatal para, segundo ele, antecipar problemas.
Além do ministro da Defesa, participaram da reunião com o presidente o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, além dos comandantes das Forças Armadas.
Na saída, o ministro Azevedo e Silva tratou o encontro como “uma avaliação de rotina”.
“Em toda situação sensível a gente faz um briefing pela manhã”, declarou.
O ministro da Defesa ainda justificou a suplementação de recursos para o auxílio de venezuelanos que estão ingressando no Brasil.
“Os recursos previstos para um ano acabaram em março. Então, o Ministério da Defesa fez uma suplementação e ontem saíram os recursos para que a gente prolongue a operação por mais um ano. Nós já interiorizamos cerca de 6.000 venezuelanos. Precisamos acelerar o ritmo.”
Ontem, o governo liberou R$ 223,8 milhões para assistência emergencial aos venezuelanos.