O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), anunciou nesta quinta-feira o nome do relator da reforma da Previdência na comissão. O escolhido é o deputado Marcelo Freitas (PSL-MG), que é delegado de Polícia e exerce o primeiro mandato na Casa.
Anteriormente, o presidente da CCJ tinha a intenção de confirmar o relator apenas após o detalhamento do texto ao colegiado, pelo ministro da Economia, Paulo Guedes – o que era previsto para terça-feira passada e só deve ocorrer em 3 de abril.
Francischini disse que esperou o momento propício para fazer o anúncio do relator, já que hoje há “união de forças e consenso dentro do Congresso Nacional e também junto ao governo”. O deputado reafirmou que pretende votar a reforma da Previdência na CCJ em 17 de abril.
Durante a audiência da Comissão de de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado com Paulo Guedes, nessa quarta, o líder do PSL, senador Major Olimpio (SP), cobrou do ministro da área econômica uma nota técnica para explicar a importância da reforma da Previdência para os parlamentares do partido do presidente da República. Guedes reclamou: “O governo que entra com uma aprovação popular enorme, em 60 dias envia uma medida anticrime, manda uma reforma previdenciária, é um governo que está trabalhando. Quando ele parte para o Congresso, o principal opositor dele é ele mesmo. Está falhando alguma coisa entre nós”, disse.
O ministro justificou a ausência na CCJ da Câmara, um dia antes. Ele disse que adiou a participação devido à falta de relator e ao receio de sofrer ataques da própria base aliada. “É assustador. Eu tomei um susto também. Disseram que eu fui convocado para depor em um lugar que não tem relator, onde todo mundo está preparado para jogar pedra, o seu partido (PSL) também”, completou.
